A sessão de encerramento oficial do IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema de Lisboa, decorreu no passado sábado, 28, dia em que foi divulgado o palmarés. O domingo foi ainda dedicado à exibição de filmes premiados.

O cinema malaio, pouco expressivo mesmo em festivais dedicados em exclusivo a cinema proveniente da Ásia Oriental, fez-se notar no IndieLisboa, com prémios atribuídos aos dois únicos filmes da Malásia a concurso: «Love Conquers All», de Tan Chui Mui, ganhou o Prémio Cidade de Lisboa, ex-æquo com «El Amarillo», da Argentina, e a curta «Adults Only», de Yeo Joon Han, foi uma das cinco a ser seleccionadas pelo júri Onda Curta, para exibição no programa homónimo da RTP 2. Foi apresentada uma terceira obra malaia no Observatório, «South of South», também de Tan Chui Mui.

Lista completa de premiados:

«Love Conquers All» (Malásia/Holanda)

«El Amarillo» (Argentina)

«Adults Only» (Malásia)

Grande Prémio de Longa-metragem: «El Amarillo» (Argentina), de Sérgio Mazza e «Love Conquers All» (Malásia/Holanda), de Tan Chui Mui

Grande Prémio de Curta-metragem: «The Tube with a Hat» (Roménia, 24'), Radu Jude

Menção Honrosa: «Plac» (Croácia, 10'), de Ana Husman

Prémio de Distribuição: «Pas Douce» (França/Suiça), de Jeanne Waltz

Prémio Tóbis para a Melhor Longa-metragem Portuguesa: «Baleou», de Gonçalo Tocha

Prémio Tóbis para a Melhor Curta-metragem Portuguesa: «Excursão» (24'), de Leonor Noivo

Prémio Restart para Melhor Realizador de Curta-metragem: Nuno Bernardo, «Primeiro Voo» (Portugal, 10')

Prémio FUJIFILM/AIP para Melhor Fotografia numa Longa-metragem Portuguesa: «Balaou»

Prémio Onda Curta: «Adults Only» (Malásia, 10'), Yeo Joon Han; «Bugcrush» (EUA, 36'), Carter Smith; «Le Coude de Kiyumi, le Genou de Sayuru» (Japão, 5'), Satoru Sugita; «The Flag» (Turquia, 9'), Koken Ergun,

Menção Honrosa: «Excursão»

Prémio do Público/Johnnie Walker Longa-metragem: «Forever» (Holanda), Heddy Honigmann

Prémio do Público/Johnnie Walker Curta-metragem: «Voyage en Sol Majeur» (França, 54'), Georgi Lazarevski

Prémio FIPRESCI: «Falkenberg Farewell» (Suécia), Jesper Ganslandt

Prémio Amnistia Internacional: «Half Moon» (Irão), Bahman Ghobadi

Menção Honrosa: «No Day Off» (Coreia do Sul, 30'), de Eric Khoo

Prémio IndieJúnior/Victória Seguros: «A Sunny Day» (Alemanha, 6') Gil Alkabetz

Site oficial IndieLisboa

O cineasta português Pedro Costa é um dos três realizadores europeus, ao lado de Harun Farocki (Alemanha) e Eugène Green (França), a quem o Festival Internacional de Cinema de Jeonju (JIFF, com base na sigla do inglês) encomendou uma curta-metragem para integrar o Jeonju Digital Project 2007. O JIFF promove a produção de três curtas-metragens digitais por ano, deste a sua criação, em 2000. O projecto era conhecido, até ao ano passado, por Digital Short Films by Three Filmmakers.

Cada cineasta recebe uma verba de 50 000 000 WON (cerca de 40 mil EUR) para realizar os filmes digitais de 30 minutos, posteriormente projectados durante o festival. Tradicionalmente, o JIFF selecciona realizadores asiáticos, mas este ano a opção recaiu sobre a Europa. O cinema europeu de arte e ensaio faz parte da linha editorial do festival sul-coreano, o segundo maior do país, depois do PIFF, em Busan.

De acordo com a informação do festival, depois de «Ossos» (1997), «No Quarto da Vanda» (2000) e «Juventude em Marcha» (2006), Costa volta a debruçar-se sobre toxicodependentes de bairros degradados de Lisboa. O filme “retrata as vidas de habitantes de um bairro de lata nos subúrbios de Lisboa, durante os anos de prosperidade económica”.

Os segmentos do Digital Film Project 2007 são «Respite» («Besteoboreukeu Suyongso»), de Harun Farocki (40'), «The Rabbit Hunters» («Tokki Sanyangkkundeul»), de Pedro Costa (23'), e «Correspondences» («Byeonji»), de Eugène Green (39').

Em 2007, o projecto Digital Short Films by Three Filmmakers contou com filmes de Darezhan Omirbayev (Cazaquistão), Eric Khoo (Singapura) e Pen-ek Ratanaruang (Tailândia). O segmento de Eric Khoo, «No Day Off», vai ser apresentado na secção Observatório do próximo IndieLisboa, que se realiza a partir de 19 de Abril.

Até à 7ª edição [vd. Análise Cinedie Ásia] existiam duas sessões competitivas que foram este ano fundidas numa única, integrando doze obras, na sua maioria europeias. Há uma entrada da América do Norte (Canadá) e as restantes são provenientes da Ásia.

O festival, que decorre entre 26 de Abril e 4 de Maio, abre com «Off Road», de Han Seung-ryeong (Coreia do Sul), uma primeira obra em HD, apresentada em estreia mundial, e encerra com «Fong Juk/Exiled», do veterano Johnnie To Kei-fung.

Site oficial JIFF
Notícia Variety

O IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa anunciou esta semana as escolhas dos “heróis independentes” para a sua edição de 2007.

Esta secção do festival é constituída pela homenagem a um cineasta e a uma cinematografia. O realizador seleccionado foi o japonês Aoyama Shinji, em cuja filmografia se inclui «Eureka» (2000) e «Desert Moon» (2001) — dois dos filmes que serão projectados. O outro herói independente será o Novíssimo Cinema Alemão.

O IndieLisboa apresentará a maior parte da obra de Aoyama, num total de 14 filmes, produzidos entre 1995 e 2006, incluindo o mais recente «Crickets» («Koorogi», 2006).

A selecção do Novíssimo Cinema Alemão tem como comissário Olaf Möller, editor europeu da revista de cinema Film Comment (membro do júri internacional do IndieLisboa em 2005), e apresentará um conjunto de títulos das últimas décadas, assinados pela nova geração de cineastas alemães.

O festival anunciou também a estreia nacional dos sete filmes da série “New Crowned Hope”, inspirados na obra de Mozart. Os filmes são dirigidos por Bahman Ghobadi, Mahamat-Saleh Haroun, Tsai Ming-liang, Garin Nugroho, Apichatpong Weerasethakul, Teboho Mahlatsi e Paz Encina.

O IndieLisboa decorre de 19 a 29 de Abril, em quatro salas da capital: Fórum Lisboa, King, Londres e São Jorge, e apresentará cerca de 250 filmes.

Site oficial IndieLisboa

Clique na imagem para consultar o programa.

A Câmara Municipal de Vila Nova do Famalicão realiza, entre 9 e 18 de Fevereiro, a Semana Cultural Chinesa na Casa das Artes daquela cidade do norte do país, um evento que inclui exposições, colóquios e filmes.

Numa altura em que o tema da imigração chinesa está na ordem do dia em Portugal, a Semana cultural Chinesa propõe-se aproximar as comunidades lusas e chinesas dando a descobrir uma cultura milenar que ainda hoje contribui de forma positiva ao desenvolvimento sócio-cultural da Aldeia Global, profetizada por Marshall McLuhan, numa altura em que na Ásia, se prepara a entrada para um novo ano lunar. Este projecto tem também por objectivo uma dinamização conjunta, durante uma semana, de vários pólos culturais concelhios.

Mais informações no site oficial do município ou no blogue da Casa das Artes.

Ao contrário do que o poster possa sugerir, não se trata de mais uma comédia light.

«Family Ties», de Kim Tae-yong, destaque recente nestas páginas, esteve em competição na 47ª edição do Thessaloniki International Film Festival, na Grécia, onde viria a ganhar quatro prémios, incluindo melhor filme. O palmarés foi anunciado no passado dia 26.

«Family Ties» venceu Melhor Filme, Melhor Guião (prémio partilhado com «O Céu de Suely», filme brasileiro que conta com a co-produção de Portugal, Alemanha e França), Melhor Actriz e o Prémio da Audiência.

As distinções para melhor filme e o atribuído pelos espectadores incluem também um prémio monetário — respectivamente 37 mil e 3 mil euros.

De referir que o prémio de interpretação não foi individual, tendo sido atribuído ao notável colectivo de actrizes: Moon So-ri, Go Du-sim, Gong Hyo-jin e Kim Hye-ok. Jeong Yu-mi não é mencionada na informação publicada no site oficial. Ainda que o seu papel não seja tão forte como o de outras actrizes, como referimos no comentário ao filme, parece-nos que se se tratava de atribuir um prémio colectivo às actrizes, Jeong não deveria ser deixada de fora.

Palmarés completo no site oficial

A Lusomundo coloca esta semana no mercado nacional de vídeo uma mão cheia de títulos de produção asiática que poderão merecer um lugar na prateleira ou darem bons presentes de Natal.

Os DVDs, abaixo listados, contêm além do filme apenas os respectivos trailers como extras, excepto «Sexo e Filosofia», que não tem qualquer extra.

«História de Duas Irmãs» («Janghwa, Honryeon»), de Kim Ji-un (Coreia do Sul, 2003). Já comentado no site, passou por festivais como Sitges e o Fantasporto — onde ganhou quatro prémios, incluindo melhor filme e actriz (Im Su-jeong) —, vindo a ter uma estreia modesta em Portugal. Nova oportunidade para o descobrir, agora através do DVD nacional.

«Fim Feliz» («Happy End»), de Jeong Ji-wu (Coreia do Sul, 1999). Com dois dos mais conhecidos actores coreanos, Choi Min-sik e Jeon Do-yeon, «Happy End» (o título original é inglês em fonética coreana), relata a desagregação de um casal, motivada pelo adultério dela e o desemprego dele. Um drama refinado com um final devastador, integrado numa retrospectiva de cinema coreano no Fantasporto de 2001.

«Reencarnação» («Rinne»), de Shimizu Takashi (Japão, 2005). Nova incursão no território do horror por parte do responsável pelo bem-sucedido franchise «Ju-on: The Grudge».

«Filhos do Tibete» («Dreaming Lhasa»), de Ritu Sarin e Tenzing Sonam (Reino Unido/Índia, 2005). Uma realizadora de origem tibetana viaja de Nova Iorque para o norte da Índia com vista à produção de um documentário sobre os tibetanos exilados nessa região.

«Sexo e Filosofia» («Sex & Philosophy»), realizado por Mohsen Makhmalbaf (França/Irão/Tajiquistão, 2005). História das relações de um homem com várias mulheres pela mão de um reputado realizador iraniano.

«Irmãos de Exílio» («Brudermorde/Fractricide»), de Yilmaz Arslan (Luxemburgo/Alemanha/França, 2005). Realizado por um turco, sobre a vida de imigrantes curdos na Alemanha, debruçando-se, pelo menos em parta, sobre a busca de uma identidade nacional ou cultural. A “nacionalidade” do próprio filme pode ser questionada.

Irão também ser posto à venda, no final deste mês, dois packs sob a denominação "Horror Fantas" que juntam «História de Duas Irmãs» a «Terrível Segredo» («Soreum») e «Fim Feliz» a «The Isle» («Seom»).

Flashback para recordar dois títulos fortes no campo da anime já disponíveis no mercado desde 19 de Julho: «Cidade Assombrada 2: A Inocência» («Innocence: Kokaku Kidotai»), de Oshii Mamoru (Japão, 2004) e «Millenium Actress: A Chave da Vida» («Sennen Joyu»), de Kon Satoshi (Japão, 2001). A sequela de «Ghost in the Shell» é acompanhada por making of, trailer e conteúdos DVD-ROM. «Millenium Actress» tem como extras apenas o trailer e conteúdos DVD-ROM.

Na mesma data foi também lançado «Jiang Hu Irmãos de Sangue» («Gong Wu»), realizado por Wong Ching-po (Hong Kong, 2004). Um filme de gangsters pós-«Infernal Affairs» com as presenças dos veteranos Andy Lau Tak-wah e Jacky Cheung Hok-yau

No âmbito das comemorações dos 45 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Portugal e a República da Coreia, a Cinemateca Portuguesa vai exibir, entre 11 e 15 de Dezembro, uma selecção de cinco filmes coreanos.

De cima para baixo: «Il Mare», «The Power of Kangwon Province», «Libera Me» e «I Wish I Had a Wife»

A mostra é organizada em colaboração com a Embaixada da República da Coreia em Portugal e os filmes escolhidos foram: «Il Mare» (2000), «Last Present» (2001), «The Power of Kangwon Province» (1998), «Libera Me» (2000) e «I Wish I Had a Wife» (2001).

«Il Mare» («Siworae»), de Lee Hyeon-seung, com Lee Jeong-ja e Jeon Ji-hyeon . Adaptado recentemente por Hollywood no filme «A Casa da Lagoa/Lake House», com Keanu Reeves e Sandra Bullock, «Il Mare» narra a história de uma relação entre um casal que comunica por carta, apesar de um deles se encontrar dois anos no futuro em relação ao outro (o título original significa "amor através do tempo"). Segundo filme de Jeon Ji-hyeon, antes de «My Sassy Girl». Texto Koreanfilm.org.

«Last Present» («Seonmul»), de Oh Gi-hwan, com Lee Jeong-jae e Lee Yeong-ae. Um melodrama sobre um comediante que se vê confrontado com a doença incurável da mulher. (Não é falha de copy/paste; Lee Jeong-jae é, de facto, protagonista em dois filmes seguidos, apresentados nesta mostra.) Texto Koreanfilm.org.

«The Power of Kangwon Province» («Kangwon-do-ui Him»), de Hong Sang-su, com Baek Jong-hak e Oh Yun-hong. Duas narrativas paralelas, apresentadas consecutivamente. Dois grupos de personagens em visita à Província de Gangwon, no Este da Coreia. Uma linguagem "arte e ensaio" pouco característica do cinema coreano que assegurou a relativa popularidade do realizador em alguns circuitos internacionais, nomeadamente em França. Texto Koreanfilm.org.

«Libera Me», de Yang Yun-ho, com Cha Seung-won, Choi Min-su e Yu Ji-tae. Um dos mais conhecidos filmes de Yang Yun-ho, que esteve no Fantasporto 2005 para apresentar «Fighter in the Wind». Acção e drama num blockbuster sobre bombeiros que têm de enfrentar um incendiário tresloucado. Texto Koreanfilm.org.

«I Wish I Had a Wife», de Park Heung-sik, com Seol Gyeong-gu e Jeon Do-yeon. Comédia romântica sobre um bancário, que pensa que já é altura de assentar e casar, e uma das suas clientes, por ele apaixonada. Com dois dos mais reputados actores coreanos. Projectado no Fantasporto, em 2002. O realizador esteve no festival, em 2005, para apresentar «My Mother, the Mermaid». Texto Cinedie Ásia / Texto Koreanfilm.org.

Horário previsto de exibição, sujeito a eventuais alterações:

Seg, 11 (21:30) Il Mare
Ter, 12 (19:00) Last Present
Qua, 13 (21:30) The Power of Kangwon Province
Qui, 14 (21:30) Libera Me
Sex, 15 (19:00) I WIsh I Had a Wife

A programação poderá ser confirmada, em Dezembro, no site da Cinemateca Portuguesa (exclusivo para utilizadores do browser Internet Explorer). O programa de cada mês costuma estar disponível neste link (correspondente a Novembro, à data da escrita deste texto).

Em 2001, quando se assinalaram os 40 anos das relações diplomáticas entre a República da Coreia e Portugal, foram exibidos na Cinemateca — na altura em instalações provisórias no Palácio Foz — três filmes: «JSA» (2000), «My Heart» (1999) e «Art Museum by the Zoo» (1998).

O Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha de Sitges anunciou na tarde de sábado, dia 14, a lista dos premiados da sua 39ª edição que agora publicamos. Mais sobre o festival surgirá em breve nestas páginas.

OFICIAL FANTÀSTIC

Melhor Curta-metragem (ex-aequo): «A For(r)est in the des(s)ert», de Luiso Berdejo (Espanha) e «Handyman», de Simon Rumley (Reino Unido)

Melhor Design de Produção: Are Sjaastad, por «The Bothersome Man» (Noruega)

Melhores Efeitos de Maquilhagem: Jang Jin, por «Time» (Coreia do Sul/Japão)

Melhores Efeitos Especiais/Prémio Infinia: Jang Heui-cheol, por «The Host» (Coreia do Sul)

Melhor Banda Sonora Original: East, por «Tzameti (13)» (França/Geórgia)

Melhor Fotografia: Jonathan Sela, por «Grimm Love» (Alemanha)

Melhor Argumento: Sam Hamm, por “Masters of Horror: Homecoming” (EUA)

Melhor Actriz: Sandra Hüller, por «Requiem» (Alemanha)

Requiem.

Melhor Actor (ex-aequo): Thomas Krestchmann e Thomas Huber, por «Grimm Love»

Melhor Realizador: Martin Weisz, por «Grimm Love»

Prémio Especial do Júri: “Masters of Horror: Homecoming”, de Joe Dante

Melhor Filme: «Requiem», de Hans-Christian Schmid

PRÉMIOS DO JÚRI CARNET JOVE

FANTÀSTIC: «Exiled», de Johnnie To Kei-fung (Hong Jong)

Menção Especial para “Masters of Horror: Cigarette Burns”, de John Carpenter (EUA)

MIDNIGHT X-TREME: «What is it?», de Crispin Glover (EUA)

Menção Especial para «Behind the Mask: The Rise of Leslie Vernon», de Scott Glosserman (EUA), “pelo seu engenho na forma como se constrói uma lenda do cinema slasher”.

NOVES VISIONS: «Edmond», de Stuart Gordon (EUA)

Menção Especial para «The Living and the Dead», de Simon Rumley (Reino Unido)

Prémio Nova Autoria: Melhor Realização: Jorge Tur Moltó (UAB), por «De Función»; Melhor Guião: David Jiménez, Rubén Molina, Albert Solà e Joseph Lluïs Marín (EMAV), por «Bowman»; Melhor Música Original: Roger Padilla (ESCAC), por «No Quiero la Noche»

The Host.

ORIENT EXPRESS — CASA ÀSIA

«The Host», de Bong Joon-ho

ANIMA'T – Prémio Gertie

Melhor Longa-metragem de Animação: «The Girl Who Leapt Through Time», de Hosoda Mamoru (Japão)

Melhor Curta-metragem de Animação: «Dreams and Desires-Family Ties», de Joanna Quinn (Reino Unido)

Menção Especial para «The Book of the Dead», de Kawamoto Kihachiro (Japão), “pela sua excelência técnica e mestria na difícil arte de animação com marionetas”.

BRIGADOON, Melhor Curta-metragem: «Tight», de Sergio Vizcaíno

MÉLIÈS DE PRATA

Méliès de Prata para a Melhor Longa-metragem Europeia: «Princess», de Anders Morgenthaler (Alemanha)

Méliès de Prata para a Melhor Curta-metragem Europeia: «Doodled», de Sam Rogers (Reino Unido)

OUTROS PRÉMIOS

Grande Prémio do Público(patrocinado por El Periodico): «La Science de Rêves», de Michael Gondry (França)

Prémio da Crítica Jose Luis Guarner: «Requiem», de Hans-Christian Schmid

Prémio Citizen Kane para o realizador-revelação: Rian Johnson, por «Brick» (EUA).

Site oficial Sitges

«The Host» («Goemul») O novo filme de Bong Jun-ho («Memories of Murder») começou a bater records desde que estreou em 620 ecrãs, na Coreia do Sul, no passado dia 27 de Julho. «Typhon», a anterior estreia mais forte, chegou às salas com 540 cópias no final de 2005.

Os posters de «The Host» eram visíveis por toda a parte em Seul, cerca de um mês antes da data de estreia. Na foto: na estação de metro Hongik Univ. e numa sala de cinema em Jongno-3-ga.

O sucesso do filme de Bong era previsível, ficando por saber como se iria comportar, por comparação com os anteriores campeões de bilheteira.

No final do fim de semana de estreia (27 a 30 de Julho), «The Host» tinha vendido mais de 2 milhões e 600 mil bilhetes, ultrapassando os resultados anteriores para o melhor fim de semana («Typhon») e dia de estreia «Taegeugki»).

Ao quinto dia, esta segunda-feira, os números do distribuidor indicavam 3 159 524 bilhetes vendidos, tornando «The Host» o filme que mais depressa atingiu a marca dos 3 milhões — «Taegeukgi» alcançou esse resultado em oito dias.

O filme de Bong Jun-ho bateu ainda, por duas vezes consecutivas, o record de maior número de bilhetes vendidos num dia de semana: 443 006 no dia de estreia, quinta-feira, e 532 780 na sexta.

«The King and the Clown» («Wang-ui Namja») é o actual filme mais rentável de sempre do cinema sul-coreano. Resta saber se virá a ser devorado pelo monstro de Bong Jun-ho.

«The Host» conta a história de uma criatura que surge no Rio Han, em Seul, devorando quem encontra pelo caminho e espalhando o caos.

Uma família que explora um pequeno quiosque junto ao rio une-se no combate à criatura, depois de Hyeon-seo, de 14 anos, ser levada pelo monstro e presumida morta.

O filme estreará noutros territórios asiáticos, como o Japão, onde se espera um número substancial de cópias, a partir do início de Setembro.

Na Europa, depois de uma passagem bem recebida pela Quinzaine des Réalizateurs de Cannes, em duas projecções esgotadas, «The Host» continuará a ser visto noutros festivais de cinema, como Edimburgo (já em meados de Agosto) e Sitges (Outubro).

Fontes: KOFIC, The Hankyeorah e Korea.net. Fotos: Cinedie Asia.

Apoio: Korea Foundation

O Puchon International Fantastic Film Festival (PiFan) realizou-se entre 13 e 22 de Julho, na cidade sul-coreana de Bucheon (romanização actualizada), próxima da capital, Seul.

Esta edição, a décima, seguiu-se a um ano em que o evento foi afectado por uma crise decorrente do afastamento da equipa de programadores.

A nossa primeira visita ao evento não correu da melhor forma, desde logo pelas lamentáveis gralhas no guia que afirmava que todos os filmes teriam legendas em inglês — o que se revelaria oh tão longe da realidade —, e pela lentidão e ineficiência com que a organização lidaria com o problema.

Outros desenvolvimentos sobre o festival ficam para breve. Entretanto, aqui fica o palmarés.

PiFan2006 Puchon Choice (Feature)

Best of Puchon: «Adam's Apples» (Dinamarca), Anders Thomas Jensen

Best Director Choice: «Storm» (Suécia), Mans Marlind e Bjorn Stein

Jury's Choice: «Severance» (Reino Unido), Christopher Smith

Best Actor Choice: Ulrich Thomsen e Mad Mikkelsen, «Adam's Apples»

Best Actress Choice: Kazue Fukiishi, «Noriko's Dinner Table» (Japão), Sono Sion

Pruzio Citizen's Choice: «Noriko's Dinner Table»

PiFan2006 Puchon Choice (Shorts)

Grand Prize of Short Film: «It's in the Air» (França), Yohann Gloaguen

Jury's Choice for Short Film: «Cutting Edge» (França), Gregory Morin

Citizen's Choice for short Film: «Lock-Smith» (Coreia do Sul), Park Jae-hong

Kid's Special Choice: «Tori & Rabi» (Coreia do Sul), Choi Jae-jin

EFFFF - European Fantastic Film Festival Federation Asian Award: «The Maid» (Singapura), Kelvin Tong

Site Oficial PiFan

A Prisvideo irá editar a 22 de Junho mais um conjunto de filmes do período áureo do cinema de acção de Hong Kong, no contexto da colecção CineÁsia.

O conjunto é constituído por quatro edições, onde se incluem sete filmes.

Pack Jackie Chan, com «City Hunter» («Jackie Chan – Detective Privado»), «Crime Story» («Unidade Anti-Crime») e «Heart of Dragon» («A Primeira Missão»).

Pack No Cumprimento do Dever, com «Yes Madam» («No Cumprimento do Dever») e «In the Line of Duty 4» («Honra e Vingança 4»)

«Iron Monkey» («O Macaco de Ferro»)

«Battle Creek Brawl» («A Grande Desforra»)

Clique para ampliar.

Os extras são similares aos presentes nas edições anteriores desta colecção; incluem-se trailers e slideshows para todos os filmes e entrevistas apenas para alguns. Neste conjunto, existe uma entrevista com Wong Jing, a propósito de «City Hunter», e outra com Kirk Wong, no DVD de «Crime Story».