Udine 2004 — Far East Film Festival 6
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I — Introdução
II — Filmes
1. China
2. Hong Kong
3. Japão
4. Coreia do Sul
5. Tailândia
6. Filipinas
III — Encontros
Japão
Coreia do Sul
China
Final
IV — Palmarés
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Baober in Love,
Bayside Shakedown,
Beautiful Boxer,
The Bodyguard,
Buppha Ratree,
Cell Phone,
Colour of Truth,
Dance Like the Wind,
Dragon Loaded,
Dying at the Hospital,
Gagamboy,
Green Tea,
Heroic Duo,
The Hunter and the Hunted,
Infernal Affairs II,
Infernal Affairs III,
...ing,
Jiang Jie,
Josée, the Tiger and the Fish, Keka,
Kisarazu Cat's Eye - Go Major,
Legend of the Evil Lake,
Lost in Time, Men Suddenly in Black,
Once Upon a Time in Highschool - The Spirit of Jeet Kune Do,
The Road Taken,
Showa Kayo Daizenshu,
Singles,
Sweet Sex and Love,
Tadon and Chikuwa,
Taegeukgi,
Tokyo Marigolds,
Turn Left, Turn Right,
Twilight Samurai,
Running on Karma,
The Uninvited,
Wild Card |
Texto: Luis Canau e Hugo Freire Gomes Fotos: Pedro Oliveira
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A 6ª edição do Far East Film Festival ou FEFF realizou-se no final do mês de Abril, em Udine. O FEFF é um evento de inigualável importância, uma vez que constitui a maior e mais diversificada mostra de produções cinematográficas dos territórios do longínquo oriente a que podemos ter acesso no ocidente. Foi a nossa primeira passagem pela cidade do nordeste italiano, pelo que encabeçaremos a desenvolvida análise com uma introdução mais ou menos generalista.
Introdução
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Da cidade de Udine à sala de projecção do Teatro Nuovo, passando pelo hall. (A segunda imagem é multiângulo.) |
O festival tem por sede e, este ano, como único ecrã o Teatro Nuovo Giovanni da Udine, uma sala com 1200 lugares, divididos por uma plateia e três galerias em semi-círculo, onde convém chegar cedo para não ficar com um mau ângulo. As filas da frente das galerias apresentam uma característica pouco agradável para o visionamento de filmes: dois palmos de vidro, colocados demasiado acima, sobre a berma. Um caso em que o design interfere com a conveniência. Tecnicamente, a sala pareceu-nos equipada para o que der e vier, mas não contrariamos a nossa tendência para ser exigentes e rigorosos. A projecção foi competente, mas muitos filmes foram apresentados com foco imperfeito. A reprodução sonora aferiu-se-nos algo abafada. Em certos filmes com uma mistura que se presumiria dinâmica, as colunas da sala mostravam actividade esporádica, em efeitos casuais. Quando aos formatos de projecção, já concluímos noutra ocasião que só em Portugal se resiste à utilização de rigorosas máscaras 1.85:1 por omissão. Essa foi, naturalmente, a regra. Para além dos filmes em scope, houve um par de casos com projecção mais alta — 1.66:1.
Todos os filmes são apresentados nas versões originais com legendagem impressa na película, em inglês. Em casos pontuais, o filme não vinha com legendas de origem, sendo a tradução projectada sob o ecrã. Para o público que não entende inglês, existe um sistema de tradução simultânea, via headphones sem fios, um conceito talvez estranho para a generalidade dos portugueses, que dificilmente se disporiam a ver um filme, do início ao fim, enquanto uma senhora lê e a traduz as legendas. Este processo não é sem consequências: é inevitável que se ouça som de retorno ou eco proveniente dos auscultadores de algum espectador com pior audição. Além disso, ficou demonstrado empiricamente que é impossível que não caiam no chão meia dúzia de receptores durante uma dada projecção. Num ou noutro filme mais chato, podíamo-nos entreter a fazer apostas e a contar os casos em que tal sucedia. O recorde terá ficado pelas 14 vezes. Por outro lado, não é a maioria dos espectadores que requer o sistema; talvez um terço. No par de projecções a que assistimos em Sitges com recurso ao mesmo sistema, era a esmagadora maioria do público a precisar dos headphones, o que resultava num incómodo superior. Por outro lado, a compensar, a audiência do festival é silenciosa e bem comportada.
O Teatro Nuovo é um edifício de design moderno, com um hall espaçoso, onde existe um bar e uma área onde se pode descansar por uns minutos, a ver os cartazes dos filmes exibidos ou a analisar a oferta na bancada de merchandising. Aqui vendiam-se não só artigos do festival (catálogos, T-shirts, canecas, pins, etc.), como também memorabilia cinéfila, incluindo cartazes de filmes, livros ou DVDs, italianos e de importação (Hong Kong, Coreia, Japão) a preço acessível.
A sala destinada aos Incontri poderia ser perfeita para conferências de imprensa, mas mostrou-se exígua em alguns dias, para estas actividades abertas tanto aos media como ao público em geral. No dia em que Zhang Yuan por lá passou, chegámos alguns minutos demasiado tarde e já não conseguimos assistir, devido à completa lotação da sala. Mas, para o encontro do último dia, que se previa muito concorrido — devido às presenças de To Kei-fung, Wai Ka-fai e Kang Je-gyu —, optou-se pela utilização da própria sala de projecção.
As sessões foram sempre muito frequentadas, mesmo as matinais. Ainda que não possamos garantir que havia muita gente às 9:30... Indo à sessão da meia-noite era irrealista pretender estar de volta à sala a essa hora da manhã, preparados para ver seis ou sete filmes de seguida. Desta forma, a retrospectiva Chor Yuen, para nossa grande pena, teve de ser sacrificada. A frequência era naturalmente mais forte nas sessões nocturnas, às 20:00 e às 22:15. O acesso ao público era livre, excepto nestas duas últimas sessões para as quais era necessário adquirir um bilhete (€3 para uma ou €5 para as duas).
Continua
1ª Parte: China
Catálogo
O catálogo do festival ultrapassa a mera funcionalidade de listar os filmes exibidos, com uma sinopse e um comentário a tentar "vendê-los" imaginativamente. Contém ensaios que se debruçam sobre a evolução da indústria cinematográfica dos países representados na selecção e não só (também se fala de Taiwan e Singapura, dois territórios que atravessam actualmente crises de produção). Aborda-se a conjuntura, as bilheteiras e as tendências. Segue-se uma página por filme, como convém, numa ordenação alfabética. Os textos são assinados por quem sabe das coisas, consultores e programadores do festival: Shelly Kraicer, Maria Barbieri, Maria Ruggieri e Peter Loher (China), Mike Schilling (Japão), Darcy Paquet (Coreia do Sul), Ryan Law (Hong Kong e Coreia do Sul), Tim Youngs (Hong Kong), Elsa Yang (Taiwan), Yvone Ng Uhde e Jan Uhde (Singapura), Anchalee Chaiworaporn (Tailândia), Noel Vera e Jessica Zafra (Filipinas). Existem abundantes fotos a cores dos filmes, bem como reproduções dos cartazes, do tamanho de uma página. OK, talvez pudesse ter um índice com a listagem de cada filme e a página onde se encontra, mas sabendo o que se quer, encontra-se rapidamente. |
4/06/04
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