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Observatório
No Observatório foram mostrados alguns dos filmes mais interessantes do festival e também dos mais populares com a audiência, que no primeiro dia se dividiu entre «A Scanner Darkly», de Richard Linklater, e «Fong Juk/Exiled», de Johnnie To Kei-fung. Sobre o filme de To já se publicaram algumas linhas em sede própria; é um regresso do realizador ao cinema de gangsters mais preocupado com estética e acção do que com conceitos ou mensagens. É também um regresso ao cenário macaense, local onde o realizador de Hong Kong filmou outros policiais negros: «A Hero Never Dies» e «The Longest Nite» (ambos de 1998), ainda que a referência mais comum à sua filmografia passada seja «The Mission» (1999), devido ao regresso da maior parte do elenco. Não se trata, no entanto, de uma sequela, como se tem escrito.
A outra longa asiática incluída nesta secção foi o japonês «Big Bang Love Juvenile A» («Yonju Roku Okunen no Koi»), de Miike Takashi, também já comentado anteriormente nestas páginas. Um Miike afastado dos registos de género ou das imagens e atitudes extravagantes que tornaram célebres alguns dos seus filmes. Esperemos que o realizador nipónico não se deixe seduzir por uma linguagem de cinema de autor concentrada em agradar aos grandes festivais internacionais, mas tendo em conta a velocidade com que dirige filmes, haverá sempre espaço para a diversidade que caracteriza a sua obra.
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Keanu Reeves rotoscopado em «A Scanner Darkly». |
«A Scanner Darkly» (ou «O Homem Duplo») marcou outro regresso, desta vez de Richard Linklater à animação por rotoscopia, depois de «Waking Life» (2001). Foi uma oportunidade de ver o filme em grande ecrã, uma vez que o mesmo foi editado directamente em DVD no nosso mercado. Menos palrador e filosófico do que «Waking Life», até por se tratar da adaptação de uma obra de ficção científica de Philip K. Dick (o título nacional do filme respeita aquele que foi atribuído ao livro), «A Scanner Darkly» acompanha a descida ao mundo das drogas de um agente infiltrado, que investiga o tráfico de uma poderosíssima droga chamada D, a qual provoca alucinações e danos cerebrais graves. O tempo é “sete anos no futuro”, quando 20% da população é viciada em estupefacientes. A identidade dos agentes é protegida pela utilização de um fato de camuflagem especial que transita aleatoriamente de identidades, mas cujo propósito é mais gráfico do que funcional. O trabalho do agente Bob tornou-o um viciado na droga e os exames que lhe são feitos revelam problemas. O design não se sobrepõe à história, antes pelo contrário, pois as personagens centrais — todos viciados na droga alucinogénea —parecem poder desintegrar-se a qualquer momento.
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Jeff Goldblum e Parker Posey em «Fay Grim», de Hal Hartley, um divertido exercício de ironia em planos inclinados. |
Hal Hartley foi um ícone do cinema independente americano no início dos anos 90, conhecido pelo seu registo particular de direcção de actores, de subtracção de emoções, em filmes como «Trust» (1990) ou «Simple Men» (1992). Os diálogos, independentemente da maior ou menor intensidade dramática, são entregues sempre da mesma forma serena — os rostos não abandonavam a chamada poker face. Hartley continuou a utilizar as mesmas técnicas e também muitos dos rostos — Martin Donovan e Adrienne Shelly marcavam presença nos primeiros filmes, Elina Lowenhson juntou-se em «Amateur» (1994). «Henry Fool» (1997) foi protagonizado por rostos frescos na cinematografia do realizador, que regressam nesta sequela (um conceito algo estranho ao cinema “independente”): Parker Posey e James Urbaniak. «The Girl from Monday» (2005) foi apresentado no Indielisboa de 2005.
Muitas sequelas traem o original e provocam a irritação dos fãs (quando alteram factos, tentam convencer-nos que personagens mortas afinal só tiveram uma indisposição, etc.), mas «Fay Grim» opta por uma abordagem de pleno gozo (com o humor mais “frontal” da obra de Hartley), que esvazia a priori essa possível reacção. A sequela revê de forma inesperada os factos do original, de forma imaginativa e improvável, no contexto de uma teoria de conspiração absurda pelas suas ramificações no espaço e no tempo, mas que não deixa de fazer sentido (num plano abstracto).
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Will Oldham (em baixo) e Daniel London, em «Old Joy». |
«Old Joy» (EUA), apresentava algumas semelhanças temáticas com «Falkenberg Farewell», mas nada da sua estética, apesar de ser também um no-budget (fonte original em 16mm). Também pairam tempos que já não voltam, mas aqui tal refere-se ao passado, enquanto no filme Sueco se tratava do presente. A câmara é impassível, limitando-se a acompanhar dois amigos, que discorrem sobre a amizade, relações do passado ou política externa norte-americana, enquanto viajam de carro para passarem um fim de semana numas termas nas montanhas do Oregon. De acordo com a realizadora e co-argumentista Kelly Reichardt a relação dos dois amigos é, “entre outras coisas, uma óptima metáfora para a indulgente ineficácia da esquerda”. O actor Will Oldham é também conhecido como Bonnie Prince Billy, mas a banda sonora é dos Yo La Tengo. Tiger Award em Roterdão.
Por fim, um documentário e um filme negro de animação — respectivamente, «Forever» (Prémio do Público) e «Princess». O documentário é dirigido por uma holandesa, Heddy Honigmann, rodado no cemitério de Père Lachaise, em Paris. O cemitério é conhecido por ser a última morada de muitas personalidades e o documentário dá a conhecer a história de várias pessoas que se relacionam com os mortos; sejam artistas que visitam aqueles que os inspiraram, simples fãs de um escritor ou músico, viúvas que cuidam das campas dos maridos ou um guia turístico. Das múltiplas histórias nasce um todo surpreendentemente coeso. Honigmann evitou aquele que é talvez o mais moderno e pop dos ícones residentes em Père Lachaise, Jim Morrison, cuja inclusão de histórias em seu redor se poderia justificar com a tentativa de procurar uma audiência mais alargada. As referências culturais são mais eruditas.
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August e Mia, em «Princess», de Morgenthaler. |
O dinamarquês «Princess», assinado por Angers Morgenthaler, passou recentemente pelo BIFFF, em Bruxelas, tendo já sido apresentado num grande número de festivais de cinema, depois de ter aberto a Quinzena dos Realizadores de Cannes, em 2006. Não é um filme que seduza pela vertente técnica; os que apreciam a animação pela arte ou pelo design não encontrarão nada de marcante, mas a direcção é eficaz. A animação é entrecortada por alguns segmentos em imagem real, quase sempre flashbacks, com excepção do epílogo. A história, forte e pungente, desenrola-se no seio da indústria pornográfica. August abandona as vestes de padre para tomar conta da sobrinha e para se vingar dos que lucram com os filmes da irmã, uma porn star (nome artístico: "Princess") vítima de uma overdose. O choque provocado pelas consequências da educação da criança no meio da pornografia redobra a energia vingativa que move o protagonista. Morgenthaler é co-autor, com Mikael Wulff, de tiras diárias caracterizadas por um humor nonsense e surreal, publicadas online (e compiladas em livro). A criação gráfica das personagens de «Princess» não é sua, mas creio ter vislumbrado no filme um piscar de olho ao estilo gráfico Wulffmorgenthaler.
Outros
Parte da selecção do IndieLisboa recordou-me o Seoul Film Festival (SeNef) — sobre o qual não cheguei a escrever (em parte devido a um acumular de más experiências com filmes que se anunciaram como tendo legendagem em inglês, mas que afinal não tinham) —, que apresentava um conjunto de obras interessantes e inesperadas, incluindo algumas mais arriscadas no que toca ao erotismo. Por lá também se apresentou «Destricted», além de outros títulos com componente sexual, mais ou menos explícita, como «Les Anges Exterminateurs» (2006) e «Les Fruits de la Passion» (1981).
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«Destricted», segmento "Balkan Erotic Epic". |
«Destricted» (Laboratório) é um projecto colectivo que poderia atrair por duas razões: primeiro, por se tratar de visões artísticas sobre a pornografia ou inspiradas pela pornografia; segundo porque é pornografia. E não há cinéfilo sério que dispense uma boa discussão intelectual sobre o tema. Ir ao Cinebolso pode ser embaraçoso, mas num festival de cinema independente trata-se apenas de visionar uma obra “arrojada” e “provocante”. Infelizmente — e isto tem pouco que ver com o facto de se tratar de sexo explícito — «Destricted» é, globalmente, desinteressante e, com alguma frequência, ridículo.
Pela estética, o filme de Matthew Barney (“Hoist”) tem coerência — e quem gostar de outros trabalhos do realizador não se desiludirá —, e ilustra como um nabo pode ser considerado "obsceno" segundo o conceito do Baldrick da série “Black Adder”. “House Call”, de Richard Prince, é uma espécie de spoof do cinema pornográfico “clássico”. “Synch”, de Marco Brambilla, é o segmento mais curto e o melhor, constituído por uma sucessão rápida de imagens pornográficas, mas sem se concentrar no acto em si; uma espécie de destilação da imagem sexual, que resulta num curioso efeito de persistência de visão. Larry Clark (“Impaled”) junta dois temas ou motivos que o realizador muito aprecia — adolescência e pornografia —, tentando convencer-nos que está a fazer um filme “revelador”, mas falhando miseravelmente. A entrada de Gaspar Noé (“We Fuck Alone”) também é “coerente” no plano formal, e facilmente associada à sua obra, mas não vai a lado nenhum. "Balkan Erotic Epic", de Marina Abramovic, é um conjunto de anedotas pseudo-etnográficas e permite esboçar uns sorrisos. O pináculo do ridículo chega com “Death Valley”, o outro contributo feminino para o colectivo, por Sam Taylor-Wood: um homem, no meio do deserto, baixa as calças e masturba-se num plano contínuo que, suponho, poderá deslumbrar alguns teorizadores para quem um plano contínuo é algo sempre (?) deslumbrante.
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«Viva»: a prova que duas horas de sexo e nudez podem constituir um filme aborrecido. |
Outro filme “maroto”, mas soft, foi «Viva», que evocava a revolução sexual dos anos 70, pelo prisma de uma dona de casa classe média. O tom é de gozo assumido, com os actores a esforçarem-se por representarem mal (presume-se), mas os resultados são contraproducentes. A piada esgota-se em segundos, mas o filme insiste nela durante duas horas. Entediante, apesar de pleno de nudez, não chegando a ser “erótico” devido à tolice intolerável. Anna Biller escreve, produz, monta, compõe, desenha o guarda-roupa, dirige, interpreta a personagem principal, entre outras funções, incluindo algumas passíveis de trocadilhos. Abaixo de Troma, mas sem starlets com ar de quem está apenas a ocupar o tempo entre dois filmes porno. É certo que há um bom design de produção e credível recriação dos sexploitations da época, mas não basta replicar bem para se fazer um bom spoof (veja-se a inépcia de «Scary Movie» e derivados, que se baseiam no reconhecimento pela audiência do material original ridicularizado).
«Viva» fez parte da secção Director's Cut, tal como «La Antena», do México, um dos filmes mais imaginativos de entre os projectados no festival. Aí se cria um mundo próprio, retro-futurista, onde a televisão faz parte de um sistema de controle da população por parte do governo de uma cidade onde (quase) todas as vozes se calaram. Quando alguém “fala”, os diálogos são impressos em texto no ecrã; sugere-se que a comunicação existe através de leitura dos lábios, mas o realismo não é muito importante numa obra conceptual. O realizador tem mãos para o material, não permitindo que a estética aniquile a história e as interpretações, e conceitos já muito explorados são ainda aqui desenvolvidos de forma original e criativa. Uma experiência particularmente recomendável para uma projecção no cinema; a cópia foi preparada para que a legendagem se alojasse sobre uma faixa negra na parte inferior da imagem, sem interferir com o filme.
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«Opera Java» (New Crowned Hope). |
O IndieLisboa apresentou todos os filmes encomendados pelo festival New Crowned Hope. Foram inspirados na obra de Mozart, mas sem a utilização directa e óbvia das suas composições, e produzidos por ou em países em vias de desenvolvimento. Estas obras diversificaram a oferta cinematográfica do festival, com uma vertente mais “etnográfica” — por se prenderem a tradições e à realidade social e cultural de cada país. «Opera Jawa», de Garin Nugroho, baseia-se numa história tradicional indonésia e assenta numa cuidada cenografia e teatralidade. O tema é universal, envolvendo um triângulo amoroso e conflitos sociais, entre classes privilegiadas e exploradas.
Já «Dry Season» («Daratt»), de Mahamat-Saleh Haroun, na sua estrutura narrativa pura poderia ser um thriller de vingança “comercial”, caso o cenário não fosse o Chade. Um jovem é enviado pelo avô para vingar o pai, morto durante um conflito que assolou o país, perante a frustrante amnistia decretada pelo governo. Existem também aqui elementos clássicos: o jovem procura um criminoso, mas encontra um homem caridoso, ostentando também feridas de guerra — um padeiro que termina o dia a distribuir pão pelos mais necessitados. Não o consegue matar no primeiro encontro e vai adiando a missão, ao mesmo tempo que trabalha como ajudante do homem que é suposto matar. Um pouco óbvio, pela necessidade de passar “mensagem”, mas válido pelas personagens bem sustentadas e por uma perspectiva diversa, que consegue a simbiose entre a linguagem comercial de fácil digestão e o socialmente relevante. Nesta sessão foi apresentada a curta «Meokgo and the Stick Fighter» («Sekalli le Meokgo»), rodado na África do Sul, sobre o espírito de uma mulher capturado por um guerreiro (ou demónio) e usada para atrair as suas vítimas.
Curtas
Não houve muita oportunidade para curtas, mas bastava consultar o catálogo para ver que estivemos perante uma muito boa selecção, com filmes de registos muito diversos, agrupados nas várias secções do festival.
«Adults Only» (Malásia, 10') é uma pequena jóia, que cria uma atmosfera forte de melancolia, através de vários quadros que são contextualizados no final. Dizer do que se trata, por si só, estragaria o prazer (ou a tristeza, conforme o ponto de vista) da descoberta. É um dos problemas de descrever os conceitos de algumas curtas, determinados apenas pelo seu visionamento integral.
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«A Ilha da Boa Vida». |
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«Jantar em Lisboa». |
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«Printed Rainbow». |
Outra obra que me suscita elogios é a portuguesa «A Ilha da Boa Vida» (25'), “filmada” na Índia. As aspas no verbo têm uma razão de ser: Mercês Tomaz Gomes, tirou centenas de fotografias (analógicas — custa a crer) e sequenciou-as. Alguns momentos são meras transições de imagens fixas, mas existem muitas sequências onde parecemos estar perante filme, ao qual foram suprimidos frames. Com a música e o som, gravado em separado, alcançou-se um resultado interessante, original e esteticamente agradável, que, no entanto, não sugestionou nenhum prémio aos júris que avaliaram as curtas.
«Excursão» (24'), de Leonor Noivo, recebeu o Prémio Tóbis para curtas-metragens. Um olhar passivo, não-manipulativo, sobre certas práticas de vendas, que começam por ser uma viagem que custa uma bagatela: o cliente (no caso, um grupo de idosos) paga, digamos, 16 euros, por uma ida ao Porto, com almoço, passeio de barco, etc. (também há por aí programas que oferecem um pequeno electrodoméstico ou um presunto). Uma pechincha. Em contrapartida têm de suportar sessões de apresentação de “fabulosos produtos” para o lar, a presos “irresistíveis”.
Uma das curtas mais apreciadas pelo público foi «Jantar em Lisboa» (10'), de André Carrilho, representante da “indústria” portuguesa de cinema de animação. Um filme bem conseguido, mas com temática e material que parece comprimido em apenas dez minutos; o conceito de ficção científica fica por desenvolver (e perceber) convenientemente. O texto é de J.P. Simões, conhecido pelos projectos musicais Belle Chase Hotel e Quinteto Tati, o qual, como seria de esperar, é também o autor da música. (Não foi visionado na projecção do festival, mas em vídeo).
O francês «Foutu Georges» (36') e o Romeno «The Tube with a Hat» («Lampa cu Caciula», 23'), compadeciam-se a narrativas com alguma estrutura, para lá da ideia ou conceito inerente a uma curta de uns dez minutos. O primeiro imagina-se facilmente como uma longa-metragem, com mais algum material. «The Tube with a Hat», Grande Prémio de Curta-Metragem, é uma história sobre a importância da televisão para a família, que não se centra na programação em si e na relação com o electrodoméstico no espaço comum, antes consiste numa penosa viagem a pé, por descampados lamacentos, até à aldeia onde vive o técnico de reparação mais próximo.
«The Tale of How» (4'), é uma produção sul-africana que ilustra uma pequena fábula animada musicada, com a duração de uma canção. «Printed Rainbow» (15'), da Índia é um filme melancólico, misturando realidade com as fantasias de uma mulher idosa, a partir de imagens em caixas de fósforos. Ambos se vêem com agrado no meio de qualquer pack de animação.
A curta preferida pelo público, «Voyage en Sol Majeur» (França, 54'), é um documentário sobre o avô do realizador Georgi Lazarevski, e a viagem que os dois empreenderam de Paris a Marrocos num Peugeot 205. Os avós dedicaram-se toda a vida à música, daí o título. Um dos aspectos mais fascinantes do filme é revelar-se como a viagem parece permitir o início de “uma vida nova” a um cidadão sénior. Um exemplo de como uma premissa banal pode resultar numa obra muito interessante.
III — Palmarés
Grande Prémio de Longa-metragem: «El Amarillo» (Argentina), de Sérgio Mazza e «Love Conquers All» (Malásia/Holanda), de Tan Chui Mui
Grande Prémio de Curta-metragem: «The Tube with a Hat» (Roménia, 24'), Radu Jude
Menção Honrosa: «Plac» (Croácia, 10'), de Ana Husman
Prémio de Distribuição: «Pas Douce» (França/Suiça), de Jeanne Waltz
Prémio Tóbis para a Melhor Longa-metragem Portuguesa: «Baleou», de Gonçalo Tocha
Prémio Tóbis para a Melhor Curta-metragem Portuguesa: «Excursão» (24'), de Leonor Noivo
Prémio Restart para Melhor Realizador de Curta-metragem: Nuno Bernardo, «Primeiro Voo» (Portugal, 10')
Prémio FUJIFILM/AIP para Melhor Fotografia numa Longa-metragem Portuguesa: «Balaou»
Prémio Onda Curta: «Adults Only» (Malásia, 10'), Yeo Joon Han; «Bugcrush» (EUA, 36'), Carter Smith; «Le Coude de Kiyumi, le Genou de Sayuru» (Japão, 5'), Satoru Sugita; «The Flag» (Turquia, 9'), Koken Ergun
Menção Honrosa: «Excursão»
Prémio do Público/Johnnie Walker Longa-metragem: «Forever» (Holanda), Heddy Honigmann
Prémio do Público/Johnnie Walker Curta-metragem: «Voyage en Sol Majeur» (França, 54'), Georgi Lazarevski
Prémio FIPRESCI: «Falkenberg Farewell» (Suécia), Jesper Ganslandt
Prémio Amnistia Internacional: «Half Moon» (Irão), Bahman Ghobadi
Menção Honrosa: «No Day Off» (Coreia do Sul, 30'), de Eric Khoo
Prémio IndieJúnior/Victória Seguros: «A Sunny Day» (Alemanha, 6') Gil Alkabetz
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16/06/07
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